domingo, 23 de fevereiro de 2014

Segundo dia em Roma

Acordamos empolgados para nosso segundo dia de passeios. Após tomar o café, fomos levados pelo translado para os muros do Vaticano. Dessa vez resolvemos nos familiarizar com o transporte público. Andamos até a estacão de metrô Otaviano e nos dirigimos para a estacão Barberini, onde faríamos nossa primeira visita do dia.

Eu estava especialmente empolgado, pois tinha escolhido esse lugar a dedo. De ante mão, já lhes digo que, após o Coliseu, conhecer a Igreja de Santa Maria della Concezione dei Cappuccini era o meu maior desejo. E acreditem quando eu digo que não sou nem um pouco religioso. O fato é que lá se encontra a famosa Cripta dos ossos, que é "decorada" com várias esculturas feitas dos ossos dos capuchinhos mortos.



O lugar não aceita o Roma Pass e a visita custou 6 Euros, cada. Foi melhor do que eu imaginava. A visitação não se inicia pela cripta e sim por um museu com diversas obras de arte de pintores famosos que representaram os Capuchinhos, além de relíquias e antiguidades envolvendo toda a criação da ordem inspirada na vida de São Francisco de Assis.

Eles usam com bastante inteligencia efeitos de vídeo e sons pra te deixar no clima. Infelizmente não é possível fotografar lá dentro, ou ainda na cripta. Então só temos fotos pessoais externas. As demais foram retiradas de divulgação na internet.

Já dentro da cripta, todas as salas são decoradas com esculturas feitas de ossos dos freis capuchinhos mortos. tudo começou quando um cardeal chamado Barberini resolveu solicitar ao seu irmão, que era o Papa da época, que reunisse todos os restos mortais dos capuchinhos em um só lugar. Então, alguém teve a ideia de criar essa santuário decorado com os ossos pra nos lembrar do que seremos no fim da vida.

Saindo de lá, na própria praça Barberini, encontramos a Fontana del Tritone. É uma fonte criada pelo escultor Bernini. A cidade é recheada de obras dele. É bonito, mas realmente só passamos por lá por que era caminho. Esculturas melhores ainda estavam por vir. E não demoraria muito.


Descemos pela Via del Tritone e paramos em uma lojinha pra comprar algumas lembranças. O dono, era um chines bem agradável. Lá, pudemos confirmar o que havíamos percebido. O que se vende numa loja de lembranças é vendido em todas as lojas. Não existe exclusividade. Então pesquise preços e só compre onde realmente tiver o melhor custo.

Em pouco tempo chegamos no nosso próximo destino. A Fontana de Trevi. Sabe quando você vê a foto ou um vídeo e aquilo não faz jus ao lugar? Pois é. Esse é mais um dos locais onde você precisa estar lá pra sentir a grandiosidade. Ela é a maior fonte de Itália e teve participação de vários escultores ao longo dos anos. Existe um costume local dizendo que se você atirar uma moeda para a fonte, é certeza de voltar a Roma. Eles recolhem quase 3.000 Euros por dia. Deixamos lá a nossa participação.




Ficamos um bom tempo admirando. Vale a pena cada segundo. Fizemos inúmeras fotos e vídeos. Ao redor da praça, existem várias sorveterias, consideradas as melhores da cidade. Aproveitamos para conhecer o famoso gelato italiano. Uma delícia, realmente.



Seguimos adiante, descendo a Via del Corso até chegar á Piazza Venezia. Começou a chover forte, mas não podíamos esperar passar. Nosso próximo destino era num local fechado, então a chuva não atrapalharia quando estivéssemos lá. Então chegamos ao Monumento a Vittorio Emanuele II. Ele foi o primeiro rei da Itália unificada. Os italianos mais antigos não gostam muito da obra e o chamam ironicamente de "Bolo de noiva". Isso por ter sido construído numa zona histórica e destruído um sitio arqueológico no processo. A entrada é gratuita. A única coisa paga, opcional, é uma subida por um elevador panorâmico para a parte mais alta do local.



A parte de dentro é imensa e possui inúmeras exposições. A maior parte delas, destinadas a guerras enfrentadas pela Itália. Na parte superior temos uma das melhores vistas da cidade.



O cansaço começou a nos pegar. Sempre que tínhamos oportunidade, nós sentávamos um pouco. Resolvemos aproveitar que a chuva já havia passado e fomos para o último, mas não menos importante, destino do dia. Os Museus Capitolinos.



Aqui sim, é um lugar para se gastar bem o tempo, desde a praça principal, desenhada por Michelangelo, como a parte interna. São palácios interligados pelo subterrâneo, com um sem número de obras de arte e exposições. Se for lá, prepare-se para andar bastante. Usamos o Roma Pass mais uma vez e entramos. A gama de exposições é imensa. Algumas permanentes e outras temporárias. Desta última, tinha uma sobre Arte e Ciência, mostrando feitos de antigos inventores e filósofos.



Existe muita coisa referente ao Egito e muitas, muitas esculturas e bustos. Tantos que chega a cansar. Um destaque é a famosa estátua da loba amamentando Romulo e Remo, os fundadores mitológicos de Roma.



Aproveitamos um intervalo para sentar e comer num restaurante por lá e estudar o mapa do lugar para decidir por onde ir. Quando eu disse que o lugar era imenso eu não estava de brincadeira. Vários prédios com vários andares.



Continuamos seguindo em frente, passando por tudo, agora sem prestar muito a atenção. O cansaço beirava o insuportável e tudo o que víamos á nossa frente era mármore branco atrás de mármore branco. Pena, por que o lugar é maravilhoso.



No final, uma bela surpresa. Uma linda visão do Fórum Romano, que havíamos visitado no dia anterior.



Resolvemos encerrar nosso dia e voltar para o ponto onde o translado nos levaria para o hotel. Não sem antes passar num restaurante pra comer algo. Dessa vez resolvemos experimentar a pizza. E amigos...Que pizza horrorosa! Se essa fosse a única que eu comesse em Roma, sairia de lá com a pior das impressões. Tao dura que mesmo forçando a faca, ela não partia.



Por fim, voltamos para o hotel e fomos descansar para encarar o dia seguinte!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Primeiro dia em Roma - Parte 2

Continuando nosso primeiro dia de caminhada, saímos do Coliseu e fizemos algumas fotos na parte externa. Um monumento importante que existe no local é o Arco de Constantino. Basicamente é um "arco do triunfo". Um monumento que representa a vitória em  alguma batalha. Como estava em reforma, o único angulo que poderia ser visto sem andaimes feios ao redor, foi desse lado.



O ingresso do Coliseu ainda dá direito á visitação do Monte Palatino e o Foro Romano. Então seguimos adiante. Subimos a Via Sacra e nos deparamos com outro arco do triunfo. Esse é o Arco de Tito.



Passando dele, ficamos um pouco perdidos. Como não estávamos com guia e a região é enorme, escolhemos nossa direção ao acaso e acabamos subindo o Monte Palatino. Passamos por uma série de ruínas de casas antigas e palácios destruídos. Foi nesse caminho que nos deparamos com um antigo costume romano. A cidade é repleta de bicas e fontes com água potável. Então, todos andam com suas garrafinhas para encher e beber quando der sede. No começo ficamos meio ressabiados, afinal, beber água de torneira no Brasil é o mesmo que pedir para ficar com dor de barriga. Mas testamos e foi tranquilo. Por sinal, a água sempre está numa temperatura maravilhosa.



Andando mais um pouco, chegamos no Museo Palatino. Do lado de fora é possível ver o trabalho constante dos arqueólogos e suas escavações. Roma é tao antiga que, se você cavar um pouco é capaz de achar um tesouro em cada buraco!



Já dentro do museu, pudemos acompanhar mais um pouco da história de Roma, mas o que realmente foi legal foi sair da chuva que acabava de começar e poder sentar um pouco. Nesse momento já estávamos bem cansados.



Bom, o museu é interessante, mas não é muito grande. No fim, sem guia para nos explicar a real importância daquelas obras, ele se resumiu a um monte de fragmentos de estátuas encontradas na região. Mas foi divertido, de qualquer maneira.



A chuva passou, o sol apareceu. Saímos do museu e seguimos adiante. Logo ao lado, encontramos ruínas de um hipódromo,onde aconteciam corridas de cavalos e outros jogos.



Nesse momento, ficamos com receio de nos perder. O lugar é imenso e não fazíamos ideia de onde estávamos indo. Decidimos retornar um pouco e seguir por outro caminho que havíamos preterido. Após algumas subidas, chegamos num belo jardim e, do alto, uma boa visão da região.











Chegamos, então, na parte mais impressionante do local: O Foro Romano. As construções que existem por lá, definitivamente, não foram feitas para os humanos e sim para algo muito mais grandioso. Não tem como não se sentir pequeno. Imagine se sua casa tivesse uma porta do tamanho da do Templo de Rômulo?


Ou colunas como o Templo de Antonio e faustina?



E assim, admirados com tudo o que vimos, resolvemos encerrar nosso dia.



Como ainda não estávamos seguros para usar o transporte publico, acabamos voltando a pé para o ponto onde o transporte do hotel nos pegaria. Foi uma senhora "paletada" até chegar lá. Enquanto aguardamos, sentamos num restaurante chamado Anni '70 e tomamos um bom café.





Depois foi só chegar no hotel, tomar um bom banho e dormir!