domingo, 8 de dezembro de 2013

Escala: Madrid!

Devidamente acomodados em nossas poltronas da "Classe Animal" (também conhecida como Classe Turística), recebemos nosso pequeno pedaço de espuma, que eles chamam de "travesseiro" e um paninho, conhecido por eles como "cobertor", e nos preparamos para partir.

Sim, era desconfortável e ficaríamos horas e horas naquele lugar. Mas isso não era novidade. Já sabíamos, antecipadamente, que seria daquela forma e não havia porquê reclamar.

Devidamente medicados com remédios para enjoo, relaxante muscular e analgésicos, seguimos voo para nossa escala, o Aeroporto Barajas, em Madrid. De lá, pegaríamos outro voo, direto para Roma. Tirando o desconforto enorme, a viagem foi tranquila.



Só houve um arrependimento nisso tudo. Eu tinha um travesseirinho de viagem em casa. Era daqueles infláveis, que envolve o pescoço. Elane disse: "Deixa esse aí! Só vai ocupar espaço. Vamos comprar um mais confortável no aeroporto!". Se você leu nossa postagem anterior, viu que não haviam lojas no embarque internacional de Salvador. Ou seja, as poucas vezes que consegui dormir, eu sonhava com meu travesseiro de viagem, que ficou jogado no chão da sala!

Esse avião que pegamos era daqueles com televisãozinha em todas as poltronas.Tinha até uma programação legal, mas tudo o que eu ficava vendo era uma simulação de voo, que nos mostrava passo a passo onde estávamos e quanto faltava para chegar.

E sim! Chegamos!

Descemos no Aeroporto Barajas e eu me sentia "internacional" pela primeira vez. E, finalmente, eu descobri o que é um aeroporto de verdade. Como o voo para Roma só partia em algumas horas, pudemos explorar todas as lojas com calma. Era uma infinidade de corredores, bem sinalizados, contendo, inclusive, o tempo estimado para se chegar, a pé, em cada portão de embarque. O tamanho do aeroporto foi, realmente, a minha primeira surpresa. Acostumado com os pequenos aeroportos que eu fui no Brasil, achei super estranho quando o funcionário nos disse: "Sigam por 20 minutos naquela direção, que vocês chegarão no seu portão.". Caramba! Em 20 minutos eu dou 5 voltas completas no aeroporto de Salvador e ainda paro uns 5 minutos pra tomar um café. Claro que levamos muito mais que os 20 minutos, pois parávamos em cada loja para ver se encontrávamos alguma novidade.

A primeira coisa que notei foi que, mesmo estando em uma região de produtos sem taxas, o fato do preço ser em euro, não os tornavam tão mais baratos assim. Comparado com os preços brasileiros, sim, eram muito mais em conta, mas para nós, que temos a possibilidade de importar dos EUA em dólar pelo Ebay, sairia quase a mesma coisa. De qualquer forma, nós já havíamos decidido que essa não seria uma viagem de compras e, sim, de diversão. Claro que não saímos de lá sem nada. Um perfuminho ou outro e umas lembrancinhas bobas, como shot glasses serviram para provar que estivemos em Madrid!

E, claro, as primeiras fotos da nossa viagem foram feitas ali. Inclusive, saímos do aeroporto para poder dizer que, realmente, pisamos em solo espanhol. Senti a primeira rajada de vento frio, ao sair para a área externa, e gostei. Salvador devia ter dessas coisas. Se eu for Prefeito um dia, vou importar vento frio para a minha cidade! Elane queria dar uma volta, já que teríamos tempo, mas eu sou incrivelmente medroso quando tenho horário a cumprir. Não queria arriscar uma eventualidade que me deixasse preso num lugar estranho.


Depois, voltamos para a nossa caminhada em direção ao portão de embarque e ficamos rodando nas lojas próximas. Sentamos e aguardamos o momento de partir para o destino final.


Roma, aqui vamos nós!

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